Como igreja de Cristo nós entendemos também como missão, a defesa da vida desde o ventre e de qualquer ser humano, qualquer que seja a condição. E no caso da Mulher não é diferente.
É vergonhoso ter que assumir e denunciar que infelizmente, essas mulheres muitas vezes são vitimas de homens que se dizem cristãos, por uma PÉSSIMA e NEFASTA compreensão do sacerdócio do marido dentro da família.
As palavras do pastor batista Martin Luther King; “Não à violência do coração, não à violência da palavra, não à violência do punho” são ainda bastante atuais. E a violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo não poupa as igrejas.
Homem que violenta mulher, não é saudável, é "doente". Nada justifica!
Homem que violenta mulher, não é crente. Pode até ser, pastor, diácono, líder e etc. Mas discípulo de Jesus, nunca!
Homem que violenta mulher, precisa ser denunciado, responsabilizado e disciplinado. Em caso de genuíno arrependimento, tratado, ressocializado e perdoado.
Então, por ocasião do dia da mulher em 2019, compartilho esse texto abaixo da Revista ULTIMATO para ajudar no combate a essa tragédia social e me solidarizar com todas as vítimas.
Mauricio Bossois
Pastor Senior da Igreja Batista de Tauá
(AGÊNCIA BRASIL) As mulheres representam 88% das vítimas de violência física no Estado do Rio de Janeiro. Os números fazem parte da nova edição do Dossiê Mulher 2010, divulgado nesta quinta-feira pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), com dados colhidos durante o ano passado.
Das vítimas de estupro, 73% eram mulheres, sendo que 49,3% dos estupros registrados revelaram que a vítima conhecia o acusado e em 29% dos casos o estuprador era o próprio pai, um padrasto ou parente das vítimas. O estudo apontou também que 43,9% dos acusados de violência doméstica da amostra estudada já tinham mais de um registro de prática de violência.
As mulheres vítimas de violência corporal dolosa tinham entre 25 e 44 anos de idade (52,8%), já a maioria das vítimas de estupro apresentava idades entre 0 e 17 anos (58,4%); nos crimes de tentativa de homicídio, 44,8% das mulheres vítimas tinham entre 25 e 44 anos; e nos homicídios, 36% das vítimas tinham entre 18 e 34 anos.
Entre 2008 e 2009 houve um aumento de 20,3% nos casos de mulheres ameaçadas e um aumento de 12% nos registros de lesão corporal.
Os casos de ameaça e lesão corporal dolosa contra essas mulheres, segundo o estudo, são mais comuns dentro do ambiente doméstico e cometidos majoritariamente por companheiros ou ex-companheiros (50,2% dos registros de ameaça e 51,9% de lesão corporal). Os acusados também eram companheiros ou ex-companheiros das vítimas em 30,3% dos registros de tentativa de homicídio e em 11,3% dos registros de homicídios dolosos.
Apesar desta realidade, dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 2009 havia apenas oito abrigos para mulheres vítimas da violência no Estado do Rio.
Em todo o Brasil, apenas 7,1% dos municípios possuem delegacias para mulheres (397), cerca de 5% oferecem casa de abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica (262) e aproximadamente 8% têm defensoria pública própria para atender mulheres vítimas de violência.
Apesar das dificuldades, as mulheres podem contar com alguns meios para defender seus direitos e denunciar a violência. Uma forma eficiente de proteção é a Lei n° 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha. A cartilha “Direitos da Mulher – Prevenção à Violência e ao HIV/Aids” está disponível na internet. Para fazer o download, clique aqui.
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